Mais de 400 terroristas golpistas são presos após invasões às sedes dos Três Poderes
Autoridades repudiam ataques antidemocráticos.

Manifestantes bolsonaristas (terrorista golpistas), criminosos, furaram um bloqueio, entraram na Esplanada e invadiram o Congresso Nacional, em Brasília, na tarde de domingo, 8 de janeiro de 2023. Os manifestantes conseguiram ter acesso ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Palácio do Planalto também. Houve registros de depredação e vandalismo nas sedes dos Três Poderes.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, de imediato tomou as medidas de emergência, como acompanhar a situação e ligou para o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) para cobrar reforço de segurança. ”Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, publicou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que estava em Araraquara, no interior de São Paulo, em viagem por ocasião das chuvas que afetam a cidade paulista assim que tomou conhecimento do caos provocado pelos vândalos tomou medidas duras, entre elas, a principal foi a decretação de intervenção federal no Distrito Federal, em resposta, aos atos antidemocráticos que invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília.
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A ordem vale até 31 de janeiro. De acordo com o decreto, o objetivo é “pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública”. O decreto nomeia Ricardo Garcia Cappelli para o cargo de interventor. “O interventor fica subordinado ao Presidente da República e não está sujeito às normas distritais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção”, diz o decreto.
Como consequência aos atos antidemocráticos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, pelo prazo de 90 dias.
“Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores e os anteriores e atuais agentes públicos coniventes e criminosos, que continuam na ilícita conduta da prática de atos antidemocráticos”, disse Alexandre de Moraes.
Para Moraes, o comportamento ilegal e criminoso dos investigados não se confunde com o direito de reunião ou livre manifestação de expressão e se reveste, efetivamente, de caráter terrorista.
“A Democracia brasileira não será abalada, muito menos destruída, por criminosos terroristas. A defesa da Democracia e das Instituições é inegociável, pois como ainda lembrado pelo grande primeiro-ministro inglês, construir pode ser a tarefa lenta e difícil de anos. Destruir pode ser o ato impulsivo de um único dia”, afirmou.
Após o controle da situação,o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou o prédio do STF junto a ministros. Mais de 400 criminosos já foram presos pelas forças de segurança após os atos de vandalismo e destruição. Os ataques repercutiram pelo mundo inteiro em veículos de imprensa e autoridades, que manifestaram solidariedade e apoio à democracia brasileira e ao atual governo.
No Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), se manifestou: “O Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente, mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo. Os responsáveis que promoveram e acobertaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei”, disse Lira.
Já o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), convocou uma sessão extraordinária. “O Presidente do Senado Federal faz saber que o Congresso Nacional é convocado extraordinariamente, sem pagamento de ajuda de custo, durante o prazo necessário para apreciar o Decreto nº 11.377, de 08 de janeiro de 2023, que “decreta intervenção federal no Distrito Federal com o objetivo de pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública, nos termos que específica”, diz comunicado assinado por Pacheco.